Pular para o conteúdo principal

PASSIONAL

.
Acordou mascando a pólvora
com a língua engatilhada
o peito carregado de balas.
Seu sorriso - uma cicatriz -
anunciava a tragédia,
os olhos flamejando
consumiam a paisagem.
E seguia pedindo à sua boca:

mira bem o coração
mata esse impostor.

Comentários

Leila Andrade disse…
O coração, este músculo que suporta pólvora, melhor sorrir e deixá-lo acontecer em paz. Não temos chances mesmo.
Admiro tanto esta sua capacidade de inteireza no poema.
Beijos.
Anônimo disse…
Sou passional, entendo seus versos. Amor para mim lateja, é força, não é mornidão. Sim, entendo seus versos.

Beijos

Jana
Marko disse…
Acho que esse foi um dos meus favoritos com certeza... Sentimentos que movem acoes, nem sempre bem pensadas, mas que fazem todo o sentido do mundo (naquele momento pelo menos). COmo anda a vida? Eu to aqui nos USA, estudando muito... Abs!
Anônimo disse…
Heber é um prazer vê-lo sempre pelo Portal.Ainda mais sabendo que gosta de poesias e aprecia uma boa leitura.Aqui vai ser meu cantinho tb.Grande abs
Anônimo disse…
Ah, vamos nos linkar?
Paula Negrão disse…
Simplesmente adorei!
Impressionante a profundidade e a clareza, ao mesmo tempo, do seu poema.
Beijos,
Anônimo disse…
héber,
belo poema!
sim,acho que já li os textos no blog da leila(leiluka).
vasmos contatar.
abs.tertu
Anônimo disse…
sim,já tinha lido seu comentário.só não sabia que era vc.
sucesso! tertu
Anônimo disse…
muitas vezes, quando me desespero, enjaulada em um poema, aposto que o próximo vai ser mais fácil, mais compreensivo, menos doloroso. e nunca, nunca é assim. ler poemas como os seus, onde o filtro é mesmo uma luz matinal, daquelas que raramente a gente tem tempo bastante para ver e parar com tudo, me dá certeza de que mesmo quando eu páro, alguém continua. alguém teima tanto quanto eu. alguém, não importa aonde, se desafia permanentemente diante de uma tela vazia, de uma folha em branco, não importa.
além de adorar receber sua visita e sua leitura de mim, nos meus rabiscos, vim ver de perto o que eu já sabia. temos algo em comum. a insana, mágica, livre de nomes e ostentação, poesia.
um beijo, Héber.
Anônimo disse…
clap.clap.clap.clap.clap.clap.clap.clap.
"Feito sangue e enxofre. Partido ao meio, assim ocre e ferro. E pedaços perdidos gritando por todos os lados. Corpo, corpo, corpo, corp, cor..."

Postagens mais visitadas deste blog

Oito coisas para fazer com preguiça

. Escorregar o ânimo num cago de chuva. Sentir desejo de planta por travesseiros. Celebrar a paz das vassouras com as teias. Vegetar as idéias no pó assentado. Esquecer do amarelo gritando lá fora. Embalar um mofo com pão dormido. Deixar para o limo o amansar as facas. Querer, só nesta manhã, o desmantelo do tempo. * Releitura do poema publicado na revista Germina .