cai o dia
depois da chuvarada
os sapos em coro nos brejos
saúdam as estrelas
os céus
se expandem sob a lua vaga
alguns relâmpagos no horizonte
ainda lapidam o cristal da noite
vê agora
1 Lampeja a minha noite Um anjo a piscar o olho insone Vem chamar-me à janela Com doce falar de sonhos Toma-me a mão e me leva Muros não podem detê-lo Faz-me um andarilho da lua Ser como a luz da estrela 2 Já vem chegando a manhã Logo a cidade desperta "A noite é uma doce maçã" O anjo convida a mordê-la Sinto a manhã derradeira Insisto com ele por que O estranho me diz é apenas A tua natureza humana .
. Escorregar o ânimo num cago de chuva. Sentir desejo de planta por travesseiros. Celebrar a paz das vassouras com as teias. Vegetar as idéias no pó assentado. Esquecer do amarelo gritando lá fora. Embalar um mofo com pão dormido. Deixar para o limo o amansar as facas. Querer, só nesta manhã, o desmantelo do tempo. * Releitura do poema publicado na revista Germina .
Comentários