Até quando interpreta ou traduz, o ser humano está condenado a ser criativo. É inevitável que responda mesmo quando tenta imitar ou demonstrar empatia.
O leitor/ouvinte, que a princípio parece tão dócil, quando não replica em voz alta, responde em silêncio por meio da imaginação e da memória, preenchendo lacunas, resolvendo ambiguidades e desbaratando contradições de acordo com seu repertório cultural.
É esse leitor/ouvinte responsivo que todo autor/falante convoca enquanto escreve/fala, e não o seu próprio eco; é assim que a autoria o salva do tédio.
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