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A jóia do tempo


Sugiro usar um cronômetro
para não ser confundido pela vertigem das horas.
Recomendo uma medida para cada ocasião.
Ela pode ser repetida à vontade
ao longo do dia.

10 minutos para quem está começando
a praticar uma técnica de meditação.

30 minutos para quem faz uma busca rápida
por meia dúzia de referências bibliográficas.

50 minutos caso esteja escrevendo um livro
maçante ou lubrificando uma monografia
emperrada.

Um poema pede muito mais tempo, eu diria,
outras vezes, menos um pouco -
um poema é o seu próprio cronômetro.

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. Escorregar o ânimo num cago de chuva. Sentir desejo de planta por travesseiros. Celebrar a paz das vassouras com as teias. Vegetar as idéias no pó assentado. Esquecer do amarelo gritando lá fora. Embalar um mofo com pão dormido. Deixar para o limo o amansar as facas. Querer, só nesta manhã, o desmantelo do tempo. * Releitura do poema publicado na revista Germina .