Muita coisa acontece ao redor
Sem que eu me espante
Os dias se repetem
No mundo ordeiro e manso do hábito
Às vezes estou triste
Às vezes estou alegre
Quase sempre finjo
Isso me espanta
. Escorregar o ânimo num cago de chuva. Sentir desejo de planta por travesseiros. Celebrar a paz das vassouras com as teias. Vegetar as idéias no pó assentado. Esquecer do amarelo gritando lá fora. Embalar um mofo com pão dormido. Deixar para o limo o amansar as facas. Querer, só nesta manhã, o desmantelo do tempo. * Releitura do poema publicado na revista Germina .
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