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Antijargão


Quando nos primeiros versos eu sinto - é sentimento, e sentimento às vezes engana, você está avisado - que o poeta se esforça demais para exibir a sua destreza num certo jargão poético - o jargão do poeta contemporâneo, vanguardista e experimental por exemplo - eu perco o ânimo e procuro outra coisa para ler. Não é que a poesia não tenha os seus jargões. De fato, tem. Inúmeros. Mas somente no que servem como antijargão.

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. Escorregar o ânimo num cago de chuva. Sentir desejo de planta por travesseiros. Celebrar a paz das vassouras com as teias. Vegetar as idéias no pó assentado. Esquecer do amarelo gritando lá fora. Embalar um mofo com pão dormido. Deixar para o limo o amansar as facas. Querer, só nesta manhã, o desmantelo do tempo. * Releitura do poema publicado na revista Germina .