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O velho limoeiro

.
À chuva bastou apenas
cuidar de um verde para a manhã.
O dia está de ave desde o arrebol.

O palavrário eu pus no quarador
para ver se pega cor de riso.
As horas, para ensaiar felicidade.

Em dias assim, o velho limoeiro
se toma um pouco mais de azul
acaba arremedando estrelas.

Comentários

Anônimo disse…
Gostei de conhecer a tua poesia.


Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
Jacinta Dantas disse…
Oi Heber,
que bom voltar aqui, ver sua poesia em torno da Vida limoeiro que se ilumina em tempos de louvor ao presente que recebemos: O alvorecer que é certo.
Beijo
Mariana Botelho disse…
manoeldebarrosiano? =P

lindo, lindo!
Anônimo disse…
Lindo, lindo!
:)
Belo poema, Héber! Transcendente.

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