Palavras cruzadas com o poeta Fabio Weintraub (clique para ler a entrevista) na revista editada por Mariza Lourenço e Silvana Guimarães. Vocês estão convidados.
Palavras cruzadas com o poeta Fabio Weintraub (clique para ler a entrevista) na revista editada por Mariza Lourenço e Silvana Guimarães. Vocês estão convidados.
Comentários
Beijo.
li seus poemas, assim, um após o outro. Volto depois para saborear, com calma, um de cada vêz. Encantei-me com a beleza de "ao blue", a leveza do "ritual" e me vi, só hoje(rss) no "oito coisas para fazer com a preguiça". É que minha casa está em reforma, e a vontade é de dixar tudo como está. Mas só por agora.
Beijos
Jacinta
Lí seus poemas e me identifiquei muito com sua escrita.
Gostei muito do "menino de engenho".
Quanto ao "oito coisas para fazer com a preguiça" eu deixo aqui um poema que eu publiquei em meu blog que diz por sí só:
DECRETO
(ler tomando água de coco à beira mar)
Atenção!
Está suspensa a transitoriedade das insignificâncias.
Não é permitida a inspirabilidade do óbvio.
É mandatório o afogamento das circunstâncias.
O status quo deverá ser limpo com papel higiênico.
Será suprimido do vocabulário o beijo sem língua.
No cardápio das quartas-feiras o prato principal será o ócio.
Cada bocejo deverá ser celebrado como profecia.
Ao homem, que não se lhe falte ovos fritos com torresmo, chicletes e água fresca.
Que todos os reflexos sejam queimados nas piras da reflexão.
Para cada ser humano, um momento lento de aurora.
Abraços,
Jorge Elias
abraços
Constança
beijo!
Em tempo: gostei mais da versão #2.
Um abraço.
O QUE SE DIZ AO EDITOR A PROPÓSITO DE POEMAS
A José Olympio e Daniel
Eis mais um livro (fio que o último)
de um incurável pernambucano;
se programam ainda publicá-lo,
digam-me, que com pouco o embalsamo.
E preciso logo embalsamá-lo:
enquanto ele me conviva, vivo,
está sujeito a cortes, enxertos:
terminará amputado do fígado.
Terminará ganhando outro pâncreas;
e se o pulmão não pode outro estilo
(esta dicção de tosse e gagueira),
me esgota, vivo em mim, livro-umbigo.
Poema nenhum se autonomiza
no primeiro ditar-se, esboçado,
nem no construí-lo, nem no passar-se
a limpo do dactilografá-lo.
Um poema é o que há de mais instável:
ele se multiplica e divide,
se pratica as quatro operações
enquanto em nós e de nós existe.
Um poema é sempre, como um câncer:
que química, cobalto, indivíduo
parou os pés desse potro solto?
Só mumificá-lo, pô-lo em livro.
Gotei das coisas que você faz com palavras...
Clarice
Percebe-se que a palavra é lapidada cuidadosamente em cada poema. Há um peso e uma pena em cada um deles.
Beijo.
Bjs!
Voltarei para ver as coisas que você faz.
Bj!