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Entrevista com Fabio Weintraub


Palavras cruzadas com o poeta Fabio Weintraub (clique para ler a entrevista) na revista editada por Mariza Lourenço e Silvana Guimarães. Vocês estão convidados.

Comentários

dade amorim disse…
Estive lá no Germina para ler você e a entrevista do FW, gostei e tentei imprimir pra mostrar ao Carlito Azevedo, mas não deu. Levo o link pra ele. Quase babei no teclado lendo teus poemas, Héber :P
Beijo.
Jacinta Dantas disse…
Oi Heber,
li seus poemas, assim, um após o outro. Volto depois para saborear, com calma, um de cada vêz. Encantei-me com a beleza de "ao blue", a leveza do "ritual" e me vi, só hoje(rss) no "oito coisas para fazer com a preguiça". É que minha casa está em reforma, e a vontade é de dixar tudo como está. Mas só por agora.
Beijos
Jacinta
Jorge Elias Neto disse…
Olá Héber,

Lí seus poemas e me identifiquei muito com sua escrita.
Gostei muito do "menino de engenho".
Quanto ao "oito coisas para fazer com a preguiça" eu deixo aqui um poema que eu publiquei em meu blog que diz por sí só:


DECRETO

(ler tomando água de coco à beira mar)

Atenção!
Está suspensa a transitoriedade das insignificâncias.
Não é permitida a inspirabilidade do óbvio.
É mandatório o afogamento das circunstâncias.
O status quo deverá ser limpo com papel higiênico.
Será suprimido do vocabulário o beijo sem língua.
No cardápio das quartas-feiras o prato principal será o ócio.
Cada bocejo deverá ser celebrado como profecia.
Ao homem, que não se lhe falte ovos fritos com torresmo, chicletes e água fresca.
Que todos os reflexos sejam queimados nas piras da reflexão.
Para cada ser humano, um momento lento de aurora.

Abraços,

Jorge Elias
Constança Lucas disse…
parabéns pelos belos poemas na GERMINA

abraços

Constança
Alice Sant'Anna disse…
oba, obrigada! não sabia que você tinha morado por aqui. vou ler seu poema na germina agora mesmo.

beijo!
Gildo disse…
Héber, na seleção da Germina o "o sentido" está mais próximo da versão #2 (publicada aqui no blog em 23.11.07) do que da versão #1 (da 15ª leva da DA), a não ser por um único "dois pontos" no 4º verso da 1ª estrofe. É esta, a #3 a versão definitiva? Ou vc aderiu definitivamente à tese de que o poeta nunca termina um poema, apenas descansa dele de vez em quando?
Em tempo: gostei mais da versão #2.
Um abraço.
Héber Sales disse…
Gildo, desculpe-me por demorar a responder-te. É que eu precisava de um tempinho a mais para transcrever um poema do João Cabral, o qual tu me lembraste. Um abraço.

O QUE SE DIZ AO EDITOR A PROPÓSITO DE POEMAS

A José Olympio e Daniel

Eis mais um livro (fio que o último)
de um incurável pernambucano;
se programam ainda publicá-lo,
digam-me, que com pouco o embalsamo.

E preciso logo embalsamá-lo:
enquanto ele me conviva, vivo,
está sujeito a cortes, enxertos:
terminará amputado do fígado.

Terminará ganhando outro pâncreas;
e se o pulmão não pode outro estilo
(esta dicção de tosse e gagueira),
me esgota, vivo em mim, livro-umbigo.

Poema nenhum se autonomiza
no primeiro ditar-se, esboçado,
nem no construí-lo, nem no passar-se
a limpo do dactilografá-lo.

Um poema é o que há de mais instável:
ele se multiplica e divide,
se pratica as quatro operações
enquanto em nós e de nós existe.

Um poema é sempre, como um câncer:
que química, cobalto, indivíduo
parou os pés desse potro solto?
Só mumificá-lo, pô-lo em livro.
Unknown disse…
Heber,
Gotei das coisas que você faz com palavras...
Clarice
Dauri Batisti disse…
Parabéns caro Heber.
Percebe-se que a palavra é lapidada cuidadosamente em cada poema. Há um peso e uma pena em cada um deles.
dade amorim disse…
Héber, estou mandando o link do Germina pra Carlito.
Beijo.
oi, Héber! Só agora vi seus comentários lá no Ovelha Pop. Ando enroladíssima. Me mudei para uma casa que não deu muito certo e já estou de mudança de novo. Quando passar esse tumulto te mando um poema do Cartografia.

Bjs!
Cecília Borges disse…
Héber, também sai nessa edição do Germina. Não sei a razão que os links não estão abrindo. Talvez seja o computador do trabalho. Vou ler seus poemas de casa!
Voltarei para ver as coisas que você faz.
Bj!

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Oito coisas para fazer com preguiça

. Escorregar o ânimo num cago de chuva. Sentir desejo de planta por travesseiros. Celebrar a paz das vassouras com as teias. Vegetar as idéias no pó assentado. Esquecer do amarelo gritando lá fora. Embalar um mofo com pão dormido. Deixar para o limo o amansar as facas. Querer, só nesta manhã, o desmantelo do tempo. * Releitura do poema publicado na revista Germina .