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a paz

.
há um tempo
sem nenhuma
submissão

nalgum lugar
entre o desejo
e a lembrança

onde o ser
ou não ser
não se cogita

e o que anima
pode em casa
descansar

Comentários

Leila Andrade disse…
perceber esse tempo sagrado é um privilégio,
e nossa alma agradece.
Bjos, querido.
yuri assis disse…
ai que felicidade!
te convido para uma missa em meu blog. alguém morre por lá...
abraços!
Ao ler teu poema, meu caro, tenho uma sensação muito parecida com a dos signos envoltos na conjunção Maiakovsky/Caetano Veloso. A canção chama-se O AMOR e o algo que me enternece bastante é a parte onde se diz: "Ressucita-me, para que não mais existam amores servis". Aí, então chega você e contempla essa atmosfera de negação a um se doar submisso, coisa que deveria fazer parte desse insistente e equivocado dicionário nosso das vivências de cada dia. O tempo desejado é o tempo de silêncio, ato de se ver além das cortinas invisíveis da existência. Vivas a esse tempo da delicadeza!!

Linhas precisas, Héber! A você, o meu abraço emocionado e poético!!
Anônimo disse…
A paz... Grandiosa possibilidade.
Bjo
:)
L. Rafael Nolli disse…
Meu camarada, muito bom quando espontaneamento os poemas começam a aparecer po aí, postados por leitores tocados pela poesia. Esse é o melhor sinal, no meu ponto de vista! Parabéns! Gostei desse teu poema. A paz, sempre entre o desejo e a lembrança - sempre intocável. Mas, no entanto, há a esperança! Abraços para ti!
dade amorim disse…
Bonito mesmo, Héber. Pena que não tenho orkut (alergia braba) e não deu pra ver os dois citados. Mas passeio por aqui, toda contente.
Beijos.
Entre-lugares azulados e mágicos são os meus prediletos, hummm!...
Entre o desejo e a lembrança, entre ser e não-ser, entremeiam-se as esperanças, as asas e vôos.
Beijos.
Vieira Calado disse…
A nossa casa é o melhor lugar do mundo.
Um abraço.
Anônimo disse…
Heber, bom poema.Um abraço!
yuri assis disse…
às vezes penso, heber, se o não-ser é leveza ou peso maior assumido a custa de nada.
eu quero dizer, há a paz maior que nos inunda a alma, que desata os nossos nós mais íntimos. mas quando isso descamba pro anestesiar de si mesmo, a coisa começa a ser perigosa... não sei se esse anestesiar se denominaria como comodismo ou depressão. mas há certos níveis do não-ser que oprimem mais do que libertam, concorda?
- compartilhando um pensamento nessa noite solta (: -
yuri assis disse…
esse não-ser é uma coisa estranha que resvala e se modifica.
antes eu era - apagou-se a luz -, agora não-sou - incendiaram-se os móveis com fogo vivo -, me sinto tão vazio - alguém me traz vagalumes -, pressinto uma nova existência.
é coisa de doido mesmo, há de se sanar um dia.
mas vim aqui pra te convidar a ser detetive. deixei um mistério grande em meu blog. criei o mistério, o mistério tem vida própria e independente, eu não entendo o meu mistério.(talvez ajude um pouco de autoconhecimento, da minha parte. mas confesso que me faltam espelhos.)
boa noite, abraços!
Suziene Alves disse…
Simplesmente leve com a paz.

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Oito coisas para fazer com preguiça

. Escorregar o ânimo num cago de chuva. Sentir desejo de planta por travesseiros. Celebrar a paz das vassouras com as teias. Vegetar as idéias no pó assentado. Esquecer do amarelo gritando lá fora. Embalar um mofo com pão dormido. Deixar para o limo o amansar as facas. Querer, só nesta manhã, o desmantelo do tempo. * Releitura do poema publicado na revista Germina .