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MENINO DE ENGENHO

.
.......................................a josé de sales,
.......................................em memória

prefiro a didática
da lâmina exaltada,
a clareza
no discurso das facas

ouço sempre muito atento
sentenças de marimbondos
e a conversa afiada
dos canaviais

Comentários

Leila Andrade disse…
Bela homenagem, e afiada é também sua palavra.
Bjos daqui.
douglas D. disse…
escutas atento
e pintas poesia.
abs.
Ouço o som aguçado das palavras incisivas. Elas são o melhor remédio para quebrar o silêncio das resignações encobertas pelo tempo dos esquecidos.

Abraços
Anônimo disse…
Uma homenagem e tanto, Héber! Poema afiado, desses que a leitura em voz alta pode ser perigosa! Creio que nada pode ser mais claro que o discurso da faca, e dos canaviais, com suas milhares de lâminas! Beleza de poema, desses que apenas o mais atento dos meninos pode ser escondido nas coisas diárias que o cerca e o assusta tanto quanto o admira!
Anônimo disse…
Heber...Heber...Heber...
dito teu nome assim, em quase ensaio para uma pausa, é que se procura respirar. e vc sabe, eu respeito esse exercício. respirar abundante mas calmamente, ainda que o vento pelos canaviais da tua memória sensível, resolva investigar mais a fundo teus cortes pessoais. saudade, lembrança, essas coisas que o poeta nunca vê. nunca, nunca.
há muito mais beleza nisso, assim. provar do doce que tem a memória e os olhos fechados.
te disse que amei esse teu menino. tudo muito justo, no tempo certo.
*beijo, grata pela partilha*
Lunna Guedes disse…
Tarde desgarrada. Véu se partindo.
Passo mais lento. Olhos que suspiram saudades antigas que há muito ...
Humm! Resto de mim vagando no horizonte da janela...
Começa a chuva lá - bem mais longe!
Engraçado, antes chovia na minha janela pelas manhãs e eu suspirava a melancolia e espanava a saudade por cima dos ombros...

Oi moço.
Passo para visitá-lo, desfrutar do seu compor e deixar aqui um convite. Dia 30 tem segunda edição do Coletânea Artesanal, (www.coletaneaartesanal.blogspot.com). Caso deseje fazer parte, será um prazer ter suas palavras compondo este novo cenário. Caso não possa fazê-lo fica aqui o meu agradecimento e meu abraço é claro...
Anônimo disse…
sem dúvidas
uma bela exaltação
por onde está marcado
em nossa vivência as passagens
que aqui se definem

abraços!
yuri assis disse…
eu estava ouvindo o barulho do mar, que me chamava insistentemente.
só agora acordei do meu transe e da minha hibernação.

e começo com dona nervosa e sua cronofobia. passa por lá qdo puder.
a propósito, eu nao queria estar aqui em recife agora nao. quero estar em salvador.

aí, as águas são maiores e me levam muito além.

abraço!
yuri assis disse…
sua poesia é tão masculina.
ADRIANO NUNES disse…
Caro poeta,

Belo poema!


Adriano Nunes.

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Oito coisas para fazer com preguiça

. Escorregar o ânimo num cago de chuva. Sentir desejo de planta por travesseiros. Celebrar a paz das vassouras com as teias. Vegetar as idéias no pó assentado. Esquecer do amarelo gritando lá fora. Embalar um mofo com pão dormido. Deixar para o limo o amansar as facas. Querer, só nesta manhã, o desmantelo do tempo. * Releitura do poema publicado na revista Germina .