Meu pai faleceu há quase três anos, mas só recentemente desapareceu de vez deste mundo. Não lembro até quando, não faz muito tempo, ele ainda conversava comigo enquanto eu dormia - o sonho é lugar onde as pessoas realmente vivem. Essa noite estive preso em um pesadelo, tentando me salvar de algo medonho, por não ter uma forma - faltava-lhe o nome. Só me senti um pouco mais tranquilo depois que Maya pariu corajosamente dois belos filhotes. O último deles me deixou intrigado, com o pêlo todo branco e uma única marca em forma de lágrima no canto do olho esquerdo. Uma palavra me distraía, não soava bem naquele verso, e isso ainda me aflige um pouco. As traças estavam terminando os poemas que o meu pai escrevia e nunca foram publicados. Ele não apareceu para comentar nada. Achei estranho. Tem sido assim nos últimos dias, parece ter experimentado a sua última morte.