Seria demais desejar que um argumento ou uma obra de arte sejam elogiados pelos seus próprios méritos mesmo sendo o seu autor um "macho branco conservador" ou, imaginemos uma outra figura mais ousada, "aquela travesti de esquerda", somente para citar dois dos estereótipos em circulação? Seria exagero imaginar que vamos deixar de procurar apenas o pior nos outros (ou o melhor, se forem da nossa panelinha), para encontrar todos em todos, cada um com a sua inevitável cota de bandido e de mocinho? Sim, seria, sejamos realistas. A humanidade ainda não atingiu tal grau de evolução.