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Mostrando postagens de julho, 2020

Foucault sobre a literatura moderna

“O que se anuncia [na literatura votada ao ser da linguagem] é que o homem é “finito” e que, alcançando o ápice de toda palavra possível, não é ao coração de si mesmo que ele chega, mas às margens do que o limita: nesta região onde ronda a morte, onde o pensamento se extingue, onde a promessa da origem recua indefinidamente. “[...] neste espaço assim posto a descoberto, a literatura, com o surrealismo primeiramente (mas sob uma forma ainda bem travestida), depois, cada vez mais puramente, com Kafka, com Bataille, com Blanchot, se deu como experiência: como experiência da morte (e no elemento da morte), do pensamento impensável (e na sua presença inacessível), da repetição (da inocência originária, sempre lá, no extremo mais próximo da linguagem e sempre o mais afastado); como experiência da finitude (apreendida na abertura e na coerção dessa finitude).” Michel Foucault. “As Palavras e as Coisas - Uma Arqueologia das Ciências Humanas”.

a gratidão

fogo e paixão, como vês a mesma voragem a mesma mesquinhez andar com coragem viver e deixar viver - do amor, querer mais o que? sempre que der: um abraço forte ser grato por cada momento de sorte

a tentação

pedir baixinho uma bênção é uma bela conversão espera confiante no amor há porém o sacerdote  que avulta-lhe a soma: medo, culpa e penitência três selos solenes no passaporte da chancelaria do inferno                       vade   retro!